Stand Up Paddle na Ilha do Tamanduá |
Saí da Praia da Tabatinga bem em frente ao lugar que aluga pranchas. Havia algumas pessoas remando, principalmente crianças. O começo foi bem tranquilo, sem ondas nem vento, mas logo que passei a ponta da praia o vento forte e contrário dificultou muito a volta na Ilha do Tamanduá.
Praia da Tabatinga, em Caraguatatuba |
A costa sul da ilha não tem praias, só pedras e mata fechada. Do lado oeste tem uma praia pequena com água verde clara, quase transparente. Apesar do isolamento, algumas pessoas estavam lá. Duas garotas tinham chegado de barco e um senhor morava numa barraca montada dentro da mata.
SUP na praia isolada da Ilha do Tamanduá |
Formação rochosa incomum na Ilha do Tamanduá |
Conversei com todos. O senhor estava lá há pelo menos três meses, tinha um bote e passava o dia pescando e construindo diques e mesas de bambu. As garotas me contaram que trabalhavam com turismo e estavam curtindo o dia de folga. Pediram para dar uma volta com o SUP, o que rendeu belas fotos.
Remando numa prancha de Stand Up Paddle |
SUP na Ilha do Tamanduá |
Acabei passando muito tempo lá e o tempo virou. De repente não havia mais vento e o céu se encheu de nuvens negras. Mesmo assim, segui meu plano e fui até a Ilha da Cocanha pra depois voltar à Praia da Tabatinga.
O tempo começou a virar… |
Ouvi trovões que pareciam ficar cada vez mais perto até que um raio caiu do meu lado. As pessoas na Praia da Mococa gritaram e se abaixaram. Eu também abaixei. Não sabia muito o que fazer. Remei um pouco ajoelhado, mas acabei levantando para ir mais rápido. Por sorte os raios foram se afastando.
O tempo virou na Ilha da Cocanha |
Antes de chegar, um peixe voador passou por mim quicando na água como aquelas pedras lisas arremessadas por crianças. Bonito de ver.
Trajeto da remada: Tabatinga – Ilha do Tamanduá – Ilha da Cocanha – Tabatinga |
Distância = 12 km
Duração = 2 horas e 15 minutos
Vento = forte contra até a Ilha do Tamanduá, sem vento depois disso
Ondas = fracas, a favor
Cidade = Caraguatatuba
Texto e fotos: Daniel Pluk