Travessia de Stand Up Paddle na Lagoa da Conceição, em Florianópolis
Pensa num povo sortudo. Os moradores de Florianópolis vivem no paraíso e podem remar em lagoas, rios, mares, piscinas naturais. E o que é mais louco: tudo isso de uma só vez. Nessa travessia da Lagoa da Conceição à Piscina da Praia da Barra da Lagoa, passei por todos esses cenários.
Reservei com antecedência uma prancha race e um remo de carbono com o pessoal do Floripa SUP Club mas, na véspera, eles me falaram que a prancha e o remo não estavam mais disponíveis. Tive que me contentar com uma Fun de 11 pés e um remo pesadão. Não criei caso porque a manhã já ia passando e não queria perder tempo nem o astral daquela segunda-feira tranquila.
O sol aparecia entre as nuvens quando coloquei o SUP na Lagoa. Logo reparei em como a água é verde e transparente. Segui margeando, passando por casas de todos os tamanhos. Algumas eram verdadeiras mansões. Depois apareceram grandes pedras brancas que deixavam o visual ainda mais bonito.
Continuei pela margem direita até a ponte da estrada. Passei por baixo dela, entrando no rio. Lá também tinham muitas casas, mas o espaço me pareceu ainda mais democrático. Eram imóveis de ricos e de pobres, bares, peixarias, restaurantes, estaleiros, hotéis e pousadas. Todos com píeres, para as pessoas encostarem seus barcos. Decidi que almoçaria num desses restaurantes, na volta.
Alguns pontos do rio eram acessíveis só pela água mesmo, mas a maioria dava para chegar de carro, por ruas normais. Para mim, que estou acostumado a remar em lugares selvagens, foi bem diferente a sensação de estar em um ambiente urbano. Quando ouvia o motor de uma moto ou de um caminhão, sempre virava pra trás, achando que era um barco se aproximando no rio.
Passei por uma comunidade que usava uma canoa de madeira para ir da vila à cidade. E, logo em seguida, cheguei na Praia da Barra da Lagoa. Lá tem um quebra-mar que protege a saída do rio. Assim, mesmo com ondas médias, consegui chegar no mar com facilidade, depois da rebentação.
Subindo e descendo as ondulações, continuei até a ponta e voltei passando pela piscina natural. Aproveitei pra entrar na água e reparei que tinha muita gente lá, mesmo em uma segunda-feira. A maioria deveria ser turista, como eu. Retornei para o rio e para aquele restaurante que tinha visto mais cedo.
Depois do almoço, voltei para a Lagoa e resolvi atravessar para o outro lado. Passei por alguns pontos tão rasos que a quilha raspava no fundo. Queria muito conhecer o resto da lagoa. Principalmente a área de mata preservada, sem nenhuma construção, que fica no fundo dela. Porém, quando cheguei na margem esquerda, já estava cansado. Tive que deixar para outro dia, resignado.
No caminho final, peguei um pouco de vento contra, mas nada absurdo. Deixei a prancha onde havia combinado e ainda achei forças pra testar o sandboard (prancha pra areia) nas dunas ali do lado. Muito massa. Recomendo.
DADOS DA TRAVESSIA DE SUP
Distância = 19 km
Duração = 4 horas
Condições = Vento de 9 nós vindo de sudeste. Lagoa sem ondas e mar com ondas médias vindas leste.
Cidade = Florianópolis – SC
ALUGUEL DE PRANCHA DE STAND UP PADDLE EM FLORIPA
Na Lagoa da Conceição (todos na Av. das Rendeiras)
http://www.floripasupclub.com/
http://supadventure.net/index.html
https://www.facebook.com/suplagoaparatodos
COMO CHEGAR NAS PISCINAS NATURAIS
Remando de SUP.
De barco, vindo da Lagoa da Conceição.
Ou por trilha, saindo do canto direito da Praia da Barra da Lagoa.
PASSEIO DE BARCO NA LAGOA DA CONCEIÇÃO
https://cooperbarco.wordpress.com/
Texto e fotos: Daniel Aratangy